Dia longo superado na Arábia Saudita

Joaquim Rodrigues Jr. continua a ser o melhor dos pilotos lusos no Dakar 2022.

717

Com quase 850 quilómetros de extensão a oitava etapa do Dakar hoje realizada foi mais uma vez uma prova de esforço para todos aqueles que ainda resistem á dureza da prova saudita. Com toda a ‘armada’ lusa ainda em pista a jornada foi novamente ultrapassada com distinção por todos os pilotos, destacando-se igualmente o quarto posto entre os Original by Motul para Mário Patrão.

Em dia de vitória de Sam Sunderland, que recuperou a primeira posição da classificação geral, o melhor dos lusos foi Joaquim Rodrigues que fechou a longa tirada no oitavo posto para ganhar mesmo uma posição na geral e ser agora o 15º. Rui Gonçalves foi o 14º e continua a subir na classificação para ocupar no final deste segundo dia da derradeira semana de prova a 27ª posição, dois lugares atrás de António Maio que continua a ser o 25º.

Mário Patrão é o 47º da geral, Alexandre Azinhais desceu uma posição e é agora o 71º, Arcélio Couto o 79º, Bianchi Prata o 100º e Paulo Oliveira o 103º

A nona etapa do Dakar 2022 a realizar amanhã será composta por um novo ‘loop’, desta vez com epicentro na localidade de Wadi Ad-Dawasir, num total de 490 quilómetros (287 deles cronometrados). Será uma etapa marcada pela passagem por zonas de montanha e desfiladeiros onde, uma vez mais, a navegação terá um papel importante na estratégia a adoptar por pilotos e equipas.

Rui Gonçalves

‘Sabia que era muito importante impôr um bom ritmo na primeira metade da etapa uma vez que o piso era composto por areia e dunas, o meu tipo de terreno favorito.
Já na segunda metade da prova posteriormente à neutralização, mais precisamente a seguir ao quilómetro 191, o tipo de terreno mudou e passando a ser maioritariamente composto por pistas rápidas, e onde a navegação já não era muito complicada. No geral senti-me bem e consegui levar a minha Sherco até ao 14º lugar. Neste momento já estamos focados e concentrados na preparação da etapa de amanhã.’

Mário Patrão

‘A etapa de hoje tinha pistas bastante rápidas e muito variadas. Menos pedras que no dia anterior. O dia foi pautado por estradões e mais de 90 quilómetros de dunas. No total foram 800 quilómetros muito rápidos. Iniciamos sempre de noite, o que até amanhecer carrega perigos escondidos, que é preciso contornar. Senti-me confortável, apesar de ter a mão maltratada da queda de ontem, mas faz parte do Dakar, a superação da dor e do cansaço. É por isso que esta prova é considerada a prova mais dura. Tens que te levar a um limite que muitas vezes nem tu conheces. A moto ficou impecável e as ferramentas BAHCO foram imprescindíveis para solucionar os problemas em pouco tempo.’

Classificação após Etapa 8

15º Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) a  – 58m05s

25º António Maio (Yamaha) a 2h07m05s

27º Rui Gonçalves (Sherco) a 2h26m51s

47º Mário Patrão (KTM) a 7h08m51s

71º Alexandre Azinhais (KTM) a 10h16m58s

79º Arcélio Couto (Honda) a 11h41m13s

100º Bianchi Prata (Honda) a 15h57m22s

103º Paulo Oliveira (Honda) a 16h36m35s

Artigo anteriorGanha forma o Portugal de Lés-a-Lés de 2022
Próximo artigoLusos sobem na geral do Dakar