Portugueses com boa prestação no Dakar

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Um lugar no top 20, a vitória nos Veteranos e um pódio entre os ‘Rookies’ são os destaques da prestação lusa nas duas rodas neste Dakar 2024.

Terminou hoje a edição 2024 do Dakar, a quinta a ter lugar na Arábia Saudita, com a participação lusa nas motos a ter um saldo meritório, não obstante azares e abandonos de alguns dos nossos pilotos ‘oficiais’, casos de Rui Gonçalves na Sherco e de Joaquim Rodrigues e do luso-alemão Sebastian Bühler na Hero.

António Maio (Yamaha) foi o melhor português nas duas rodas, chegando ao final da prova no 18º posto da geral. O Campeão Nacional Absoluto de TT afirmaria à chegada a Yanbu que tentou gerir o andamento nesta derradeira etapa pois “quis garantir que o 18º lugar não me fugia. Estou muito feliz com este resultado. O Bruno (n.d.r – seu assistente) trabalhou sempre muito bem e não tive um único problema na moto. As situações que tive foram devido a incidentes normais da prova. Estamos muito contentes porque fizemos um excelente trabalho. Foi um Dakar muito duro, mas estivemos sempre à altura e não cometemos grandes erros. Agradeço a todos o apoio que me deram, pois foi a vossa força que nos deu ânimo para continuar. Quero deixar um agradecimento especial a todos os meus patrocinadores, pois sem eles seria impossível estar aqui. À minha família e amigos um grande bem-haja por estarem sempre do meu lado”. António Maio terminaria ainda dedicando este resultado a Filipe de Almeida, responsável da Yamaha Motor Portugal que faleceu no passado mês de novembro.

No 28º posto da geral terminaria Bruno Santos (Husqvarna). Estreante absoluto no Dakar, o piloto de Torres Vedras e vencedor da última edição da Baja Portalegre esteve sempre na luta pelo título de Melhor Rookie, acabando por conquistar o 2º posto final na classificação da categoria ‘Rookie Challenge Rally 2’, a 4 minutos do austríaco Tobias Ebster, que venceu.

Logo atrás, no 29º posto da geral, ficava Mário Patrão, que estreou a nova Honda CRF 450 RS2 Rally, a qual foi incumbido de desenvolver pela marca, numa chamada de última hora’. Mesmo assim, a juventude do modelo e a falta de tempo para se familiarizar com a Honda não impediu o piloto de Seia, de 47 anos, de vencer a classe de Veteranos, batendo o checo David Pabiska por quase seis horas no ‘Rally 2Veteran Trophy’.

Terminou também a prova o português Alexandre Azinhais (KTM), o seu terceiro Dakar, após uma estreia que se saldou por um abandono em 2021 e a participação que o levou ao 66º lugar há dois anos. Desta feita o piloto algarvio chegou ao final dois furos mais acima, no 64º posto. Nota ainda para o empresário israelita e estreante na prova que corre com licença portuguesa, pois dispõe de dupla nacionalidade, Gad Nachmani, que chegou ao fim no 9º posto.

Finalmente, do lado ‘de fora’, destaque também para outro português, Ruben Faria, Team manager da equipa oficial Honda HRC, que viu triunfar um dos seus pilotos, o norte-americano Ricky Brabec, naquela que é a terceira vitória da Honda no Dakar saudita sob a orientação de Ruben Faria, após os triunfos de Brabec em 2020 e de Kevin Benavides em 2021.

 

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