Com o Sol a aparecer no fim de semana, corridas bem disputadas e pilotos portugueses presentes em todas as categorias, foi uma grande festa este regresso do Mundial de Superbike ao Estoril.
O Campeonato do Mundo de Superbike voltou ao Circuito do Estoril no passado fim de semana, naquela que foi a sexta visita a este traçado da principal competição para motos derivadas de série. O Estoril marcou presença logo no ano inaugural deste campeonato, em 1988, e mais tarde em 1993. Seguiu-se um longo interregno até às três temporadas consecutivas em 2020, 2021 e 2022, regressando agora após ano e meio de intervalo. Já confirmado o calendário para 2025, está agendada nova visita do WSBK ao Estoril de 12 a 14 de outubro do próximo ano, uma vez mais como penúltima ronda da temporada.
Com as previsões meteorológicas a indicarem chuva, o fim de semana começou de facto com um uma forte tempestade na sexta-feira de manhã, mas no sábado e domingo as condições melhoraram, com as corridas disputadas em piso seco, exceto no final da 1ª corrida do WCR, e um Sol quase estival no domingo para ajudar ao espetáculo. E espetáculo não faltou! Desde corridas com a vitória a ser discutida a três e quatro, como foi o Mundial Feminino, em especial a corrida 2, à diferença mais curta de sempre entre os dois primeiros numa Corrida Superpole, com Nicoló Bulega a bater Toprak Razgatlioglu em cima da meta por microscópicos 0,003s, emoção não faltou neste regresso em grande das SBK ao Estoril.
Não houve títulos mundiais decididos, apesar de Toprak Razgatlioglu ter ganho as duas corridas principais de SBK, enquanto Adrián Huertas se aproxima da coroa de Supersport, mesmo com os triunfos a irem para Yari Montella e Stefano Manzi. Ana Carrasco e Sara Sánchez (esta também por milésimos) dividiram as vitórias no WCR, e a antiga campeã mundial de SSP300 parte para Jerez com 18 pontos de vantagem sobre Maria Herrera.
Outro motivo de interesse para o púbico português foi a presença de pilotos lusos nas três classes de Campeonato do Mundo: Ivo Lopes em SBK, Gonçalo Ribeiro em Supersport e Rafaela Peixoto no WCR. A cumprir a sua quarta prova do ano com a equipa Petronas MIE Honda, aqui substituindo novamente Adam Norrodin, Ivo Lopes esteve em muito bom nível, conseguindo pontuar nas duas corridas principais em 15º lugar e saindo assim do Estoril com 2 pontos no Mundial. Em estreia absoluta no Mundial de Supersport, Gonçalo Ribeiro caiu na corrida de sábado, mas redimiu-se no domingo terminando a corrida, que era o seu principal objetivo, o de rodar e ganhar experiência entre os melhores do mundo na sua categoria. Quanto a Rafaela Peixoto, que tinha nesta estreia a dificuldade acrescida de se adaptar a uma moto nova, com cilindrada superior e pneus diferentes, terminou ambas as corridas (22º e 20º) registando uma grande evolução que se traduziu na melhoria do seu tempo por volta em mais de três segundos e meio de uma corrida para outra.
Parabéns a todos!
