A cumprir a sua segunda época com a Kawasaki do Team Bolliger no Mundial de Resistência, Pedro Nuno foi 7º nas 24 Horas de Le Mans.
Prova de abertura do Campeonato do Mundo de Resistência 2024, as ‘24 Heures Motos’, no circuito Bugatti de Le Mans voltaram a contar com o piloto português Pedro Nuno Barbosa à partida, pelo segundo ano consecutivo integrado na equipa mais veterana do mundial, a formação suíça Bolliger, que alinha com Kawasaki.
Dividindo a condução da ZX-10RR com o austríaco Nico Thöni e o espanhol Alex Toledo, Pedro Nuno esteve em destaque durante o fim de semana, começando por ser o piloto mais rápido da equipa, o que lhe permitiu sair do 10º lugar numa prova com 48 equipas inscritas. Pedro Nuno foi quem fez a partida e foi também ele que, ao cabo de uma prova muito regular e isenta de problemas técnicos, recebeu a bandeirada de xadrez no final de uma corrida duríssima, com muito frio durante a noite – chegando aos 2 graus – a acrescentar as habituais dificuldades físicas e mecânicas que as equipas e pilotos têm de superar numa prova de 24 horas.
No final, um 7º lugar à geral e 6º da classe EWC recompensou o esforço da formação suíça e dos seus pilotos, que têm agora encontro marcado em junho na Bélgica, para as 8 Horas de Spa.
Para o piloto português, em declarações prestadas à revista Motojornal, a quem desde já agradecemos, este resultado em Le Mans trouxe-lhe um “sentimento incrível, porque foi uma corrida sempre muito certa, a moto não deu problemas, tivemos um ritmo sempre muito bom e constante. A nível físico senti-me bem, muito melhor do que na época passada, a equipa portou-se incrivelmente ao conseguirmos uma moto muito fácil de pilotar, uma moto que permitisse manter o mesmo ritmo durante muito tempo, o que é ótimo.
O problema maior que tivemos foi mesmo o muito frio que sentimos durante a noite, tivemos bastantes dificuldades – e falo por mim, que fiquei sem sensibilidade a travar, não sentia a ponta dos dedos. Quando saí do turno das seis da manhã, que foi quando a temperatura esteve mais baixa, a minha mão doía-me mesmo muito. Efetivamente essa foi a maior dificuldade.
Foi pena também a queda, sem termos culpa nenhuma, do Nico (Thöni), com um piloto atrasado, o que nos atrasou um pouco na classificação e nos impediu de lutar diretamente com a Tati Beringer #4. Eles no final da corrida estiveram parados na box e, não fossem os cerca de 4 minutos perdidos a reparar a nossa moto, teríamos conseguido lutar pela posição.
Mas no geral foi uma corrida ótima. Toda a equipa, desde os mecânicos aos pilotos, estiveram incríveis. O Kevin Bolliger (n.d.r.: diretor de equipa), no último turno, quando estávamos a lutar por uma posição com a #24, teve de fazer uma grande estratégia com as contas da gasolina para que batesse tudo certo, e assim aconteceu, foi ótimo. Foi das melhores corridas da minha carreira.”
Parabéns Pedro Nuno, estaremos a torcer por ti em Spa!