Vencedores da última edição do Supermoto das Nações em 2019, coube aos franceses a tarefa de estrear um novo nome e formato da competição, agora S1 of Nations.
Tal como em 2019 foi no circuito dos arredores de Paris, Carole, que as 14 selecções presentes reveleram os seus três melhores pilotos para elevar o mais alto possível a sua bandeira. Em 2021 sentimos a falta de selecções com fortes candidatos como a Alemanha, Áustria e Rússia mas também sentimos a falta dos nossos irmãos brasileiros. Portugal esteve muito bem representado pelo repetente nestas andanças e bi-campeão nacional Sérgio Rego, lado a lado com o veterano Filipe Marques e o jovem Sebastian Gil, ambos visitas regulares no pódio das provas nacionais.
O fim-de-semana esperava-se complicado com chuva agendada para Domingo que, como vimos em 2019, baralhou as contas dos nossos pilotos pouco habituados a competir em piso molhado. No Sábado os nossos pilotos demonstraram um grande à vontade em pista conseguindo os três ficar separados por apenas 1,5 segundos. Esta homogeneidade foi resultado de um bom trabalho de equipa com partilha de informação e uma forte ajuda entre todos numa clara demonstração que provas como esta são excelentes momentos para fomentar a união entre pilotos que geralmente se vêem como adversários nos seus campeonatos nacionais.
Sérgio Rego foi consistentemente o mais rápido dos três, o que seria de esperar tendo em conta a experiência adquirida em 2019, mas Filipe Marques e Sebastian Gil não estavam muito longe, estando ambos a mostrar um andamento francamente bom para quem se estreia num circuito totalmente novo, tão diferente dos kartódromos que geralmente temos no nosso Nacional de Supermoto. Terminámos então o Sábado com um 13º lugar no cômputo geral das corridas de qualificação individual, o que nos faria partir no Domingo da 13ª e 27ª posição da grelha, nas corridas a pares.
As corridas de Domingo tiveram a benção de São Pedro e as ameaças de chuva não passaram disso, para contentamento da nossa selecção!
Se na frente as coisas estavam animadas entre França e Itália, Portugal também não teve tarefa fácil, enfrentando os intentos das selecções da Estónia, Israel e Suiça Junior.
Fomos mais consistentes e conseguimos subir um lugar na final, terminando num honroso 12º posto.
Lá na frente, na partida para a última corrida do dia, Itália saía em vantagem mas a França foi com tudo. O golpe de teatro estava já orquestrado pelo pluri-campeão Thomas Chareyre que perseguiu Elia Sanmartin durante toda a corrida e foi apenas na última curva da última volta que o francês aplicou o golpe final, proporcionando um final cheio de dramatismo, permitindo assim a vitória da selecção gaulesa, a jogar em casa, tal como aconteceu em 2019.
Orgulhosos do trabalho realizado por toda a comitiva portuguesa, saímos de Carole com o sentimento de dever cumprido e apenas nos resta esperar pelo S1ON de 2022 onde o objectivo é entrar no top 10 das melhores selecções do Mundo!